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sexta-feira, 11 de março de 2022

Grupos de caminhoneiros ameaçam paralisação e deixam governo em alerta

 


Líder dos caminhoneiros, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, anunciou nesta quinta-feira (10/3) paralisações do setor em pelo menos quatro estados contra o aumento de até 24,9% imposto pela Petrobras ao preço de gasolina, diesel e gás. Dedeco citou paralisações em São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Pará, começando nesta quinta-feira (10/3) e nesta sexta-feira (11/3).

Segundo Dedeco, protestarão com paralisações o Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg), em São Bernardo do Campo (SP) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Veículos Automotores (Sintravam), em São José dos Pinhais (PR).

O caminheiro que conduziu a greve de caminhoneiros em 2018 disse ainda que caminhoneiros de Sinop (MT) prometeram parar caminhões na BR-163 na cidade, além de Rondonópolis (MT) e Novo Progresso (PA). A rodovia federal corta o país do Rio Grande do Sul ao Pará. Em um comunicado, caminhoneiros afirmam que não impedirão a passagem de ônibus, ambulâncias, alimentos perecíveis ou automóveis.

“Bolsonaro trata os caminhoneiros como otários e vai encarar uma greve sem precedentes. Agora Bolsonaro vem com conversa pedindo para o Congresso aprovar subsídio para o diesel? Isso vai sair da segurança, da saúde, da educação. Bolsonaro tem de peitar os investidores da Petrobras e olhar para o povo brasileiro. Esse aumento absurdo vai refletir nas prateleiras, a população também vai sofrer”, afirmou Dedeco, acrescentando: “Passou de todos os limites. Bolsonaro não cumpre a promessa de acabar com o preço de paridade da Petrobras. Se Bolsonaro não tem coragem para resolver o problema, nós temos coragem para parar”.

Nesta quinta-feira (10/3), a Petrobras anunciou um mega-aumento de até R$ 0,54 no preço do litro da gasolina, que subiu 18,8%. O diesel ficará 24,9% mais caro, o que atinge em cheio os caminhoneiros. Como desde 2016 a estatal acompanha os preços do petróleo no mercado internacional, o país sentirá a disparada do petróleo provocada em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia.* Metrópoles