Alegando problemas com a carga tributária e a redução nas vendas de gasolina e diesel, donos de postos de combustíveis da Bahia demitiram, no primeiro semestre deste ano, cerca de 600 funcionários. Desse total, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba), pelo menos 200 dispensas ocorreram nos últimos 60 dias na rede Menor Preço, que possui unidades em várias cidades do interior e tem sede em Feira de Santana. Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que foram comercializados na Bahia, no primeiro semestre deste ano, 3,365 bilhões de litros de combustíveis (etanol, gasolina de veículos terrestre e de aviação, GLP, óleo combustível, óleo diesel, querosene de aviação e querosene iluminante), numa queda de 2% em relação a igual período de 2017.
A maior preocupação dos cerca de 2.700 postos do estado, representados pelo Sindicombustíveis, é com relação a queda nas vendas de gasolina (redução de 10% no primeiro semestre) e óleo diesel (-0,40%). Também reclamam da carga tributária. Na Bahia, os tributos federais (PIS/Cofins mais a Cide) e estadual (ICMS) fazem a gasolina ficar mais cara R$ 1,92 por litro, de acordo com a da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes. Os mesmos impostos fazem o diesel mais caro em R$ 0,93, e o etanol, tirando a Cide, em R$ 0,94.