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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Estudante de medicina admite que pai usou casa como pagamento por fraude no Enem


Um estudante de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) admitiu que conseguiu entrar no curso depois de participar de uma fraude no Enem de 2016. Em depoimento à polícia, ele explicou que seu pai havia dado uma casa de propriedade da família como forma de pagamento pela vaga. As informações passadas pelo estudante serviram de base para a Operação Porta Fechada, deflagrada na segunda-feira (30) e que tinha como objetivo inicial apurar fraudes em um concurso para delegado substituto da Polícia Civil de Goiás. O aluno da UFG relatou que seu pai o contou sobre o acordo apenas no dia do Enem. Ele teria resistido a ideia, mas aceitou fazer parte da fraude ao saber que uma casa da família havia sido usada como pagamento. O estudante explicou que foi instruído a preencher apenas 10 questões do gabarito em cada dia do exame e escrever 10 linhas da redação. No dia seguinte às provas, ele foi levado de carro até um posto de combustível em Brasília junto com outros dois meninos e uma menina. Um homem que estava em outro veículo trouxe um envelope onde estava a redação com 10 linhas preenchidas e ele terminou o texto no local. Ainda no depoimento à Polícia Civil, o estudante contou que depois de ser aprovado ele reconheceu na sala de aula os mesmos dois meninos e a menina que também terminaram a redação no posto de combustível em Brasília. Esta semana, a Operação Porta Fechada prendeu sete pessoas e cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. O Inep informou que entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás para obter informações sobre o caso.