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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Mulher denuncia taxista após ser agredida ao não concordar com valor de corrida: 'Gritava que merecia apanhar de homem'


Uma mulher de 40 anos denuncia que foi agredida e ameaçada por um taxista do aplicativo 99 Táxi, em Salvador, durante uma discussão por causa do valor cobrado em uma corrida. Cléa Sampaio conta que o aplicativo mostrava que seria cobrado R$ 20,85, que era o único dinheiro que ela tinha em mãos no momento, porém o condutor teria ligado o taxímetro, finalizando a corrida em R$ 22. A vítima conta também que tentou negociar o pagamento de R$ 1,15 restante em outro momento, mas foi surpreendida pela reação do condutor, que ficou agressivo. "Quando eu entrei no carro eu disse que o dinheiro estava na conta certa. Quando eu dei o dinheiro a ele e ele virou pra mim e disse que estava faltando. Tentei conversar com ele, pedi para dar depois, porque eu só tinha aquele dinheiro e o cartão, mas ele não aceitou". "Quando ele viu que eu ia sair do carro, ele me trancou e não me deixou sair. Depois que consegui". O caso ocorreu na frente do prédio onde a vítima mora, no bairro do Stiep, na última terça-feira (19). Câmeras de segurança do imóvel registraram a ação. Nas imagens, dá pra ver que quando a vítima desce do táxi, o condutor corre atrás dela e tenta impedir que ela entre no prédio. Em determinado momento, o taxista chega a fechar o portão na mão da mulher e a empurra. A vítima revida e também empurra o homem." Ele começou a gritar na porta do meu prédio que eu era prostituta, ladrona e disse que pega táxi quem pode". Em entrevista ao G1, Cléa contou que está se recuperando de um atropelamento, ocorrido no final de outubro, e voltava de uma consulta com uma neurologista quando ocorreu a situação. Segundo a vítima, durante a confusão, o motorista ainda teria tentado associar os ferimentos provocados pelo atropelamento a uma agressão familiar, dizendo que ela merecia apanhar de homem. "Ele gritava bem alto que eu apanhei de marido, que eu merecia apanhar de homem. Eu moro há 15 anos no prédio, todo mundo conhece minha integridade aqui. Nunca passei por isso". O caso foi registrado na 9ª Delegacia Territorial de Salvador (DT/Boca do Rio), que cobre a região onde ocorreu o caso. Nesta quinta-feira (21), a vítima fez exame de corpo de delito. Em nota, a 99 informou que baniu o condutor do aplicativo assim que tomou conhecimento do caso, e que mobilizou uma equipe que está em contato com a vítima para "oferecer todo o acolhimento e suporte necessários". A empresa disse ainda que está disponível para colaborar com as investigações da polícia. No comunicado, a empresa disse também que orienta e sensibiliza os motoristas parceiros a atenderem passageiros com gentileza e respeito. A empresa pede que passageiros e motoristas que tenham sofrido qualquer situação desse tipo devem reportar imediatamente por meio do aplicativo ou pelo telefone 0800-888-8999, para que medidas corretivas sejam adotadas. O atendimento é feito 24 horas por dia, 7 dias por semana. A 99 esclareceu ainda que o valor das corridas, que considera as varáveis tempo e quilometragem, é estimado e pode ter alterações de acordo com fatores externos em que a empresa não tem controle, como congestionamentos ou imprevistos que alterem o trajeto no início da viagem. Já a Comissão dos Taxistas lamentou pelas agressões, pediu desculpas à vítima e disse que a situação não é comum, pois, segundo a entidade, há uma relação "harmônica e pacífica, além de profissional, dos taxistas com os clientes na cidade".Ainda no comunicado, a Comissão dos Taxistas informou também que irá acionar os órgão de controle da atividade para que providências sejam adotadas, "respeitando o direito de ampla defesa das partes envolvidas".