A situação financeira da Universidade Federal da Bahia (Ufba) deve ficar mais complicada. Depois de ter R$ 37,342 milhões do seu orçamento de custeio bloqueado pelo Ministério da Educação (MEC), anunciado na terça-feira passada, a instituição sofreu uma nova retenção de recursos no final da semana. Agora, a Ufba informou que terá R$ 55.906.411 a menos para o ano de 2019. Segundo o MEC, porém, o bloqueio é de R$ 50,4 milhões. Esse novo bloqueio – que pode configurar um corte, se não houver uma mudança até o fim do ano – aconteceu na última sexta-feira (3), justamente quando outras instituições, como o Instituto Federal da Bahia (Ifba), notaram um bloqueio na casa dos 30% em seu orçamento de custeio. Só que, com a Ufba, que já tinha sofrido com as restrições de verba, o percentual agora é de aproximadamente 40% na rubrica de funcionamento.
Só no custeio, o bloqueio é de R$ 49.703.394 – essa parte do orçamento é destinada ao pagamento de contas de água, luz, telefone, internet, limpeza e vigilância. Além disso, o orçamento de investimento, que estava bloqueado em R$ 5 milhões, passou a ter um bloqueio de R$ 6,2 milhões. Isso corresponde a 42% do total. O caso da Ufba é delicado: assim como a Universidade de Brasília (Unb) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), a instituição foi apontada pelo ministro Abraham Weintraub como uma das três primeiras a receber o bloqueio devido ao alegado baixo desempenho acadêmico e à suposta ‘balbúrdia’ promovida por elas.